Um exercício simulado sobre a Fusariose da bananeira, doença responsável por destruir bananeiras, foi realizado em Brasília e teve participação de dois técnicos da ADERR (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima).
O FocR4T é letal para todas as variedades de banana comercial e até o presente momento não existem variedades resistentes ao ataque da doença, conforme ressalta o presidente da ADERR, Marcelo Parisi. O exercício foi ministrado confome o Plano Nacional de Prevenção e Vigilância do Fusarium Oxysporum f.sp cubense raça 04 tropical (PNPV/FocR4T).
A doença, que é mais destrutiva para as bananeiras, é considerada uma preocupação de órgãos nacionais e a Agência já está se capacitando para evitar a sua introdução e estabelecimento no Estado de Roraima.
“É uma das doenças mais destrutivas da bananeira no mundo, e foi identificada recentemente nos países vizinhos Peru, Colômbia e Venezuela, por isso temos que redobrar nossa atenção para nos prevenir e dar um suporte preciso ao produtor rural”, disse Parisi.
Participaram do simulado o gerente de Defesa Vegetal, Guilherme Rodrigues e o coordenador do Programa Estadual Sanidade da Banana, Hugo Bandeira. Os técnicos puderam testar e avaliar os procedimentos a serem adotados em casos suspeitos da entrada da praga em Roraima. Os participantes passaram por duas etapas de treinamento, primeiramente com a realização de um curso online como pré-requisito para a continuidade presencial.
O treinamento simulado baseia-se no Sistema de Comando de Incidentes (SCI) uma ferramenta de gestão de emergências aplicável a todo tipo de evento, independentemente de sua causa, magnitude ou complexidade. Adota uma estrutura organizacional que proporciona a integração de diferentes órgãos e entidades para suprir a melhor resposta a eventos únicos ou múltiplos, independente das barreiras jurisdicionais.
Sobre a Doença
A murcha de Fusarium ou Fusariose da bananeira, é uma praga quarentenária ausente no Brasil, causada pelo fungo habitante do solo Fusarium oxysporum f.sp. cubense Raça 4 Tropical (Foc R4T).
O fungo, habitante do solo, penetra as raízes, atinge o caule subterrâneo (rizoma) e, depois, as bainhas das folhas mais externas do pseudocaule, colonizando e obstruindo os vasos condutores de seiva, impedindo, assim, a passagem de água e nutrientes para a parte aérea. O ataque da praga acaba provocando a morte da planta mãe ainda no primeiro ciclo, e consequentemente da planta-filha e da planta-neta antes da finalização do ciclo seguinte.
Após a morte das plantas da touceira ou família, o fungo retorna ao solo, onde sobrevive na forma de estruturas de resistência (clamidósporos), que permanecem viáveis por mais de 30 anos.
Fonte: Secom