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Coqueluche: saiba mais sobre a doença que voltou a preocupar o mundo

Pelo menos 17 países da União Europeia registram aumento de casos de coqueluche – entre janeiro e dezembro do ano passado, foram notificadas 25.

Publicada em 20/06/24 às 09:12h - 16 visualizações

por Radio Roraima


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Pelo menos 17 países da União Europeia registram aumento de casos de
coqueluche – entre janeiro e dezembro do ano passado, foram notificadas
25.130 ocorrências no continente. Já entre janeiro e março deste ano, 32.037
casos foram registrados na região em diversos grupos etários, com maior
incidência entre menores de 1 ano, seguidos pelos grupos de 5 a 9 anos e de
1 a 4 anos.
O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China informou que, em
2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos por coqueluche até
fevereiro. A Bolívia também registra surto da doença, com 693 casos
confirmados de janeiro a agosto de 2023, sendo 435 (62,8%) em menores de
5 anos, além de oito óbitos.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, quando
foram confirmados 8.614 casos. De 2015 a 2019, o número de casos
confirmados variou entre 3.110 e 1.562. A partir de 2020, houve uma redução
importante de casos da doença, associada à pandemia de covid-19 e ao
isolamento social.
De 2019 a 2023, todas as 27 unidades federativas notificaram casos de
coqueluche. Pernambuco confirmou o maior número de casos (776), seguido
por São Paulo (300), Minas Gerais (253), Paraná (158), Rio Grande do Sul
(148) e Bahia (122). No mesmo período, foram registradas 12 mortes pela
doença, sendo 11 em 2019 e uma em 2020.
Em 2024, os números continuam altos. A Secretaria de Saúde de São Paulo
notificou 139 casos de coqueluche de janeiro até o início de junho – um
aumento de 768,7% na comparação com o mesmo período do ano passado,
quando houve 16 registros da doença no estado.
Esquema vacinal
O Ministério da Saúde reforça que a principal forma de prevenção da
coqueluche é a vacinação de crianças menores de 1 ano, com a aplicação de
doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos, além da imunização de
gestantes e puérperas e de profissionais da área da saúde.
O esquema vacinal primário é composto por três doses, aos 2 meses, aos 4
meses e aos 6 meses, da vacina penta, que protege contra difteria, tétano,
coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b, seguida de doses de

reforço com a vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida
como tríplice bacteriana.
Para gestantes, como estratégia de imunização passiva de recém-nascidos,
recomenda-se, desde 2014, uma dose da vacina dTpa tipo adulto por
gestação, a partir da vigésima semana. Para quem não foi imunizada durante
a gravidez, a orientação é administrar uma dose da dTpa no puerpério, o
mais precocemente possível e até 45 dias pós-parto.
Desde 2019, a vacina dTpa passou a ser indicada também a profissionais da
saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde atuantes em
unidades de terapia intensiva (UTI) e unidades de cuidados intensivos
neonatal convencional (UCI) e berçários, como complemento do esquema
vacinal para difteria e tétano ou como reforço para aqueles que apresentam o
esquema vacinal completo para difteria e tétano.
Imunização ampliada
Em meio a tantos surtos de coqueluche, o ministério publicou neste mês nota
técnica em que recomenda ampliar, em caráter excepcional, e intensificar a
vacinação contra a doença no Brasil. A pasta pede ainda que estados e
municípios fortaleçam ações de vigilância epidemiológica para casos de
coqueluche.
O documento amplia a indicação de uso da vacina dTpa (tríplice bacteriana
acelular tipo adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche, para
trabalhadores da saúde que atuam em serviços de saúde públicos e
privados, ambulatorial e hospitalar, com atendimento em ginecologia e
obstetrícia; parto e pós-parto imediato, incluindo casas de parto; UTIs e UCIs,
berçários (baixo, médio e alto risco) e pediatria.
Ainda de acordo com a nota técnica, profissionais que atuam como doulas,
acompanhando gestantes durante os períodos de gravidez, parto e pós-parto;
além de trabalhadores que atuam em berçários e creches onde há
atendimento de crianças com até 4 anos, também devem ser imunizados
contra a coqueluche.
A administração da dose nesse público deve considerar o histórico vacinal
contra difteria e tétano (dT). Pessoas com o esquema vacinal completo
devem receber uma dose da dTpa, mesmo que a última imunização tenha
ocorrido há menos de dez anos. Já os que têm menos de três doses
administradas devem receber uma dose de dTpa e completar o esquema
com uma ou duas doses de dT.
A doença
Causada pela bactéria Bordetella Pertussis, a coqueluche, também
conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória presente em
todo o mundo. A principal característica são crises de tosse seca, mas a

doença pode atingir também traqueia e brônquios. Os casos tendem a se
alastrar mais em épocas de clima ameno ou frio, como primavera e inverno.
Nas crianças, a imunidade à doença é adquirida apenas quando
administradas as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos
reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Bebês menores de 6 meses
podem apresentar complicações pela coqueluche e o quadro pode levar à
morte.
O ministério alerta que um adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê,
pode se tornar suscetível novamente à coqueluche, já que a vacina pode
perder o efeito com o passar do tempo. Por conta do risco de exposição, a
imunização de crianças já nos primeiros meses de vida é tão importante.
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do
doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por
tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode
ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas
doentes.
Os sintomas podem se manifestar em três níveis. No primeiro, o mais leve,
os sintomas são parecidos com os de um resfriado e incluem mal-estar geral,
corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas iniciais podem
durar semanas, período em que a pessoa também está mais suscetível a
transmitir a doença.
No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais
aparecem e a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada,
podendo comprometer a respiração. As crises de tosse podem provocar
ainda vômito ou cansaço extremo. Geralmente, os sinais e sintomas da
coqueluche duram entre seis e dez semanas.


Fonte: Agência Brasil



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