O Governo de Roraima sancionou nesta semana, a Lei Estadual nº 1993, de
1º de julho de 2024, que dispõe sobre a obrigatoriedade da divulgação de
campanhas contra assédio ou importunação sexual contra mulheres, por
meio da campanha “Não é Não”, em shows e festas que sejam realizadas ou
que tenham patrocínio do Executivo.
A medida é oriunda do Projeto de Lei nº. 164/2023, de autoria da deputada
estadual, presidente da Comissão dos Direitos da Mulher e secretária
Especial da Mulher na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Joilma
Teodora (Podemos).
De acordo com a parlamentar, a ação de caráter educativa visa combater
esse tipo de criminalidade e ao mesmo tempo, garante o direito à integridade
física e psicológica do público feminino. “Essa Lei será mais uma alternativa
para proteger as mulheres, especialmente durante o período de festas, onde
os casos aumentam. A campanha ‘Não É Não’ chegou com força no Brasil
inteiro para conscientizar sobre a temática, e acontece simultaneamente em
vários estados do Brasil e agora, sancionada pelo governador Antonio
Denaium (PP), realizaremos essa mobilização também em Roraima”,
anunciou Joilma.
Divulgação
Conforme a nova Lei, a inserção da campanha “Não é Não” será divulgada
por meio de material impresso (panfletos, cartazes e outdoors), bem como
em divulgação digital do evento (redes sociais, sites, entre outros veículos de
comunicação de internet).
A ação ainda terá como meio de divulgação em locução do evento ou com a
presença dos órgãos competentes, no recebimento de denúncias de
importunação sexual. “São vários os tipos de abuso contra as mulheres
nessas festas públicas, tais como, beijos a força, puxões de cabelo,
passadas de mão e outras investidas sem consentimento. Várias cidades do
Brasil já adotaram a campanha ‘Não é Não’ em seus eventos públicos, sejam
eles de emancipação política, padroeira, ou festas culturais”, informou a
deputada.
Joilma Teodora reforça ainda, que, conforme a referida Lei, os custos para
realização da campanha estarão inclusos dentro dos valores da realização da
festa ou de patrocínio do Governo Estadual para o evento, não sendo
necessária a contratação de novos gastos públicos. “Esperamos que com
essas pequenas ações, o público em geral, especialmente as mulheres,
consigam entender que têm esse poder de dizer não e que, essa negação
perante a uma importunação precisa ser respeitada por todas as pessoas”,
finalizou a parlamentar.
Fonte: Assessoria parlamentar