De acordo com o estudo, dos mais de 30 milhões de proprietários de motos, motonetas e ciclomotores registrados no país, mais de 17 milhões não têm CNH, a Carteira Nacional de Habilitação, válida para dirigir esses veículos.
O custo acessível das motos, o crescimento de negócios compartilhados, o aluguel dos modelos e a dificuldade de acesso à CNH explicam os resultados obtidos.
O secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, ressalta que o alto custo para tirar a carteira de motorista é um fator determinante, e fala que os resultados da pesquisa desencadearam debates internos.
O estudo revelou ainda que, atualmente, as motocicletas representam 28% do total da frota nacional. Nesse ritmo de crescimento, a expectativa é de que em seis anos os veículos correspondam a 30% da frota nacional.
Homens são 80% dos proprietários de motocicletas, com maioria na faixa etária de 40 a 49 anos. Entre os que possuem habilitação, a maioria tem entre 30 a 39 anos.
O Maranhão aparece como o estado com maior percentual de motocicletas, seguido pelo Piauí, Pará, Acre e Rondônia. O estudo esclarece que a predominância no Norte e Nordeste é decorrente de fatores econômicos, geográficos e culturais.
Sobre as infrações, o estudo revela que durante a pandemia, o número de delitos caiu, e que depois, a emissão de multas aumentou. Em 2020, foram cerca de 150 mil. Em 2023, mais de 1 milhão. Até julho de 2024, mais de 600 mil autos de infração foram emitidos.
Clarice Santos é universitária e há 13 anos dirige moto. Ela conta que considera os motocilistas imprudentes e destaca que ter habilitação é fundamental.
Entre os delitos, mais de 80% estão associados à não utilização ou uso inadequado dos equipamentos de segurança pelos motociclistas ou passageiros. O não uso de capacete, por exemplo, responde por cerca de 43% das infrações.
Sobre acidentes, o estudo mostrou que as motocicletas representam pelo menos 25% dos sinistros e mais de 30% das fatalidades no trânsito.
Fonte: Agência Brasil