No documento, o governo brasileiro lamentou 'o tom ofensivo' adotado pelo país vizinho, e afirmou que "a opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o Brasil trata a Venezuela e seu povo".
Na última quarta-feira (30), o governo de Nicolás Maduro convocou o embaixador venezuelano em Brasília para consultas em Caracas. No comunicado, o Ministério da Relações Exteriores da Venezuela repudiou o que chamou de "declarações intrometidas e grosseiras de porta-vozes brasileiros", e mencionou nominalmente o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim.
A tensão escalou após o veto à entrada da Venezuela no Brics. A decisão foi tomada pela cúpula do grupo, que se reuniu em Kazan, na Rússia, entre os dias 22 a 24 de outubro.
Após ser barrada, a Venezuela emitiu outro comunicado em que manifestou indignação e tratou o assunto como uma 'agressão inexplicável e imoral" da diplomacia brasileira.
No comunicado desta sexta, o Brasil afirmou ainda que "sempre teve apreço ao princípio da não-intervenção e respeita plenamente a soberania de cada país em especial a de seus vizinhos".
Além disso, diz que o interesse no processo eleitoral venezuelano decorre, entre outros, da condição de testemunha dos Acordos de Barbados, para o qual foi convidado, bem como para acompanhar o pleito realizado em 28 de julho.
Vale lembrar, que o Brasil não reconheceu a eleição de Nicolás Maduro.
Por fim, o governo brasileiro reiterou que as parcerias devem ser baseadas no diálogo franco, no respeito às diferenças e no entendimento mútuo.
Fonte: Agência Brasil