O governo vai trabalhar para evitar a desidratação das medidas fiscais em análise no Congresso. Tanto o pacote de corte de gastos quanto a reforma tributária. Esse é o apelo do presidente Lula, repassado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os dois conversaram em São Paulo, após uma visita que o ministro fez ao presidente, que se recupera de um procedimento feito na semana passada.
Trataram, principalmente, das alterações ao texto da reforma tributária aprovadas pelo Senado. A retirada das armas e das bebidas açucaradas do imposto seletivo, aquele que vai incidir sobre produtos que fazem mal à saúde. A ideia do ministro é que a Câmara possa reincluir esses pontos no chamado imposto do pecado.
"Ele tá muito bem disposto. Fizemos um despacho absolutamente tranquilo. Falamos sobre vários assuntos. Expus para ele a situação da reforma tributária. O estado da arte. O que está para ser decidido pela Câmara, agora em caráter definitivo. Também tratamos das medidas fiscais, da necessidade de votação essa semana, e alguns projetos das reformas microeconômicas que também precisam ser votadas essa semana."
O relator, deputado Reginaldo Lopes, do PT de Minas Gerais,se reuniu, no fim de semana, com técnicos e com outros deputados para fazer ajuste ao texto. Disse que é preciso preservar o teto da alíquota padrão previsto pelo governo de 26,5% na tributação de consumo e serviços. É a trava prevista no relatório do Senado para não permitir alíquotas superiores a isso.
Em meio a isso tudo, discussões também sobre o orçamento. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, convocou sessão do Congresso quarta (18) e na quinta-feira (19) para análise da LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Fonte: Agência Brasil