O setor de energia solar fotovoltaica no Brasil alcançou novos patamares em 2024, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Com um incremento de 14,3 gigawatts (GW) na matriz elétrica e investimentos que superaram R$ 54,9 bilhões, o ano foi marcado por um crescimento de 30% em comparação ao acumulado até o final de 2023. Desde 2012, a fonte solar já atraiu mais de R$ 239 bilhões em investimentos no País, demonstrando seu potencial estratégico na transição energética e no desenvolvimento econômico.
Em 2024, mais de 429 mil novos empregos verdes foram criados, somando-se aos 1,5 milhão de postos gerados desde 2012. Esses números refletem a expansão da energia solar em todas as regiões do Brasil, com benefícios que vão além da sustentabilidade, impactando diretamente a economia e a geração de renda.
Além disso, a arrecadação proveniente da fonte solar atingiu níveis expressivos. Desde 2012, o segmento de grandes usinas solares contribuiu com mais de R$ 24,4 bilhões para os cofres públicos, enquanto a geração distribuída arrecadou R$ 49,6 bilhões no mesmo período.
A matriz elétrica brasileira encerrou 2024 com 52,2 GW de potência operacional da fonte solar, divididos entre 35 GW de geração distribuída e 17,2 GW de geração centralizada. Esses números posicionam a energia solar como a segunda maior fonte elétrica do Brasil, representando 21,3% da capacidade instalada nacional.
O avanço da tecnologia também se reflete na disseminação da geração própria de energia. Hoje, o Brasil conta com mais de 3,1 milhões de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica, beneficiando cerca de 4,6 milhões de consumidores, incluindo residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos.
Apesar do progresso, a ABSOLAR destaca que o Brasil ainda está aquém de seu potencial solar. Com mais de 93,2 milhões de consumidores de energia elétrica no País, apenas 5% utilizam a fonte solar para geração própria, muito abaixo de países como a Austrália, onde mais de 33% dos consumidores adotaram essa tecnologia.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o avanço da energia solar é crucial para acelerar a descarbonização e impulsionar o desenvolvimento sustentável. “Somos detentores de um dos melhores recursos solares do planeta, mas ainda temos muito a crescer para alcançar nosso verdadeiro potencial”, afirmou.
Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, reforçou o papel estratégico da energia solar no Brasil. “Essa fonte renovável não só reduz custos e aumenta a competitividade, mas também promove o crescimento sustentável da economia. A energia solar fotovoltaica continuará sendo a fonte renovável mais versátil e acessível do Brasil, beneficiando todos os setores da sociedade”, destacou.
O setor solar se consolida como uma força transformadora, alinhando sustentabilidade e inovação econômica. Com investimentos consistentes e políticas públicas adequadas, a energia solar tem potencial para ser o principal vetor de transformação energética no Brasil, trazendo benefícios significativos para a população, o meio ambiente e a economia.
Texto: Redação
Fotos: Acervo ABSOLAR
