Um estudo comparativo feito pela assessoria econômica da Fecomércio Roraima em relação às exportações de Roraima para a Guiana e Venezuela, nos primeiros cinco meses de 2023, revela um cenário de contrastes. Enquanto as vendas para a Guiana alcançaram cerca de U$ 15 milhões, representando um crescimento de 254% em relação ao ano passado, as exportações para a Venezuela totalizaram U$ 100 milhões no mesmo período, mantendo uma média mensal de aproximadamente U$ 20 milhões, mas registrando uma queda de 17% em comparação ao ano anterior.
Os números demonstram que os empresários roraimenses estão aproveitando as oportunidades de negócios com a Guiana, que se configura como uma porta de entrada para os produtos do estado no mercado caribenho, composto por aproximadamente vinte milhões de consumidores. Foram comercializados mais de 500 tipos de mercadorias diferentes, destacando-se os bagaços e resíduos da extração do óleo de soja, que somaram U$ 5,3 milhões, e os motores e máquinas motrizes, que alcançaram cerca de U$ 3,5 milhões.
No entanto, as exportações para a Venezuela apresentaram uma redução significativa em relação ao ano anterior, principalmente devido aos embargos impostos pelas autoridades venezuelanas aos embutidos brasileiros. As vendas desses produtos despencaram de U$ 30 milhões de janeiro a maio de 2022 para pouco mais de U$ 5 milhões este ano, representando uma redução de 83%. Por outro lado, houve um aumento significativo nas exportações de açúcar, óleo de soja e preparações alimentícias à base de farinha.
Apesar do crescimento das vendas para a Guiana, o volume de exportações para a Venezuela ainda é muito superior, o que tende a impactar o montante geral das exportações roraimenses. A Fecomércio Roraima destaca que a queda nas exportações para a Venezuela foi parcialmente compensada pelo aumento nas vendas para a Guiana, mas ressalta a necessidade de acompanhar de perto essas movimentações no mercado externo.