A Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau) realizou, no dia 6 de setembro, um treinamento por meio do Núcleo Estadual de Controle de Zoonoses para aprimorar o controle da doença de Chagas em Roraima. O treinamento, direcionado aos operadores municipais do E-SUS Notifica, ocorreu no auditório da CGVS (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde), localizado no bairro São Francisco, zona Norte de Boa Vista.
O objetivo da capacitação foi melhorar a detecção e notificação de casos da doença de Chagas, permitindo um controle mais eficiente da doença. A gerente do Núcleo, Ingrid Albuquerque Gomes, ressaltou a importância da notificação dos casos crônicos no sistema, pois isso possibilita um trabalho mais preciso com os dados de casos, investigação e incidência.
Segundo a gerente, a doença de Chagas pode se desenvolver em até 30% dos pacientes após a fase crônica indeterminada, que pode durar anos ou décadas. Quando não tratada adequadamente, os efeitos da doença podem evoluir para danos graves e até mesmo levar à morte.
Anteriormente, apenas o tipo agudo da doença era notificado, mas com a nova atualização, o estado poderá realizar ações pontuais e ter um melhor controle da doença. Durante a capacitação, foram abordados temas como o sistema E-SUS, fichas de notificação, atualização de dados e diretrizes gerais do agravo chagas crônico. A capacitação foi direcionada aos digitadores responsáveis por inserir as fichas de doença de Chagas crônica e coordenadores de epidemiologia.
A coordenadora de epidemiologia do município de Iracema, Daia Poliana Borges, destacou a importância do treinamento, afirmando que ele representa uma evolução para a epidemiologia do estado. Segundo ela, caso surja algum agravo em seu município, eles já saberão como agir e resolver a situação.
A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e pode se apresentar em uma fase aguda sintomática ou assintomática. Alguns dos sintomas incluem febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza e inchaços. Já a fase crônica pode ser assintomática ou apresentar problemas cardíacos ou digestivos.
A transmissão da doença ocorre quando o vetor, o barbeiro, infecta um animal mamífero ou um ser humano ao se alimentar novamente. A vigilância epidemiológica desempenha um papel importante na detecção e controle da doença, direcionando tratamentos adequados e realizando ações de controle.
Em caso de suspeita da doença, é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para realização de exames e notificações.