Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), vinculado ao Ministério da Defesa, revelam uma expressiva queda de 78,51% na área impactada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) ao longo de 2023.
Nos primeiros nove meses deste ano, o garimpo ilegal ocupou cerca de 214 hectares, em contraste com os 999 hectares registrados no mesmo período de 2022. A força-tarefa do Governo Federal, que se iniciou em janeiro, engaja a Defesa, através das Forças Armadas, e outros órgãos e agências federais para garantir a segurança dos indígenas no norte do país.
A metodologia aplicada na elaboração do relatório oferece uma confiabilidade acima de 95%, resultado da análise de dados de diversas fontes, incluindo a plataforma Brasil M.A.I.S (Meio Ambiente Integrado e Seguro) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a plataforma Terra Brasilis do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), constelações de satélites LandSat, Sentinel e CBERS, e imagens de aerolevantamento com apoio das Forças Armadas. A avaliação dos dados é realizada por uma equipe multidisciplinar composta por geólogos, geógrafos, estatísticos e especialistas em sensoriamento remoto.
A redução significativa na área impactada indica que a presença de garimpeiros é atualmente mínima, limitada a pequenas áreas na região, com uma variação média de 4 hectares nos últimos cinco meses. As maiores concentrações, observadas no início do ano, foram desativadas.
A operação coordenada pelo Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte, com base no Decreto n° 11.575 de junho de 2023, busca prevenir e reprimir delitos transfronteiriços e ambientais na Terra Indígena Yanomami.
Até o momento, 146 garimpeiros foram detidos e submetidos a exames de higidez física, enquanto 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro, 808 equipamentos e acampamentos ilícitos foram apreendidos, sempre em coordenação com os órgãos de segurança pública.