O cultivo da palma de óleo, conhecida como dendezeiro, na região amazônica brasileira deve seu sucesso aos esforços dedicados das mulheres. Essas mulheres desempenham um papel crucial no plantio das sementes de palma, no cuidado dos viveiros e na participação em atividades agroindustriais dentro do Grupo BBF (Brasil BioFuels).
Nas unidades do grupo nos estados do Pará, Roraima, Rondônia, Amazonas, Acre e São Paulo, mais de 800 mulheres contribuem em todas as áreas — da agricultura à indústria.
Essas majestosas palmeiras, que atingem até 15 metros de altura, produzem cachos de frutas frescas com cerca de 12 kg cada. No entanto, sua jornada começa com pequenas sementes frágeis que requerem plantio cuidadoso em áreas sombreadas com irrigação constante. Essas mudas prosperam em ambientes controlados de viveiros, recebendo os cuidados essenciais antes de serem transplantadas para o campo.
Entre as mulheres notáveis nesse campo está Gerardini Garcia, uma líder agrícola venezuelana baseada na planta do Grupo BBF em São João da Baliza, Roraima. Gerardini garante que as mudas de palma estejam prontas para o plantio definitivo no campo, seguindo seu ciclo de vida, produzindo frutos e recuperando áreas degradadas da Floresta Amazônica.
Gerardini relata que antes trabalhava em uma padaria, na Venezuela, e estudava nos finais de semana sem grandes perspectivas de vida. Sua família, porém, já estava estabelecida na Vila Moderna, no município de São Luiz do Anauá. Então, ela veio para Roraima e foi contratada pelo Grupo BBF para trabalhar na lavoura de dendê. A partir daí, sua vida começou a mudar, segundo conta.
A maioria das mulheres empregadas no Grupo BBF trabalha nas unidades do Pará (64%), seguido por Roraima (26,32%). Essas mulheres ocupam posições em várias áreas, incluindo agricultura, gestão de pessoas, administração e indústria. Originárias principalmente dos estados do Norte (80%), a maioria dos funcionários do BBF concluiu o ensino médio e superior, abrangendo idades de 24 a 41 anos.