A delegada-geral da PCRR (Polícia Civil de Roraima), Darlinda de Moura Viana, afirmou que o público LGBTQIA+ ainda é “invisível” dentro da instituição, destacando a ausência de estatísticas sobre a violência contra essa comunidade. Em resposta a essa demanda, a Delegacia Geral iniciou estudos preliminares para a criação de um espaço dedicado ao atendimento especializado.
O projeto, segundo Darlinda Viana, conta com a parceria do delegado adjunto da Delegacia de Proteção ao Idoso e Pessoa com Deficiência, Franco Abruzzi Ghiggi, que já tem um projeto voltado para este atendimento e busca estruturar um setor dentro do Departamento de Polícia Especializada.
O pedido formal dessa comunidade já foi submetido à Polícia Civil há dois anos e, com os avanços recentes, a instituição está se mobilizando para tornar o projeto realidade.
“Entretanto, à época, não havia possibilidade em razão do efetivo que era reduzido. Hoje, com o concurso público, temos condições de expandir nossas atividades e aumentar algumas unidades. Por isso, surgiu o projeto solicitando esse estudo, essa análise, da abertura desse setor, que viria a atender, essencialmente, ao grupo LGBTQIA+. No entanto, a iniciativa ainda depende de ajustes físicos e de efetivo”, disse Darlinda.
A delegada-geral vem se reunindo com representantes de diversos coletivos LGBTQIA+, incluindo o Coletivo Diversidade, a Associação das Travestis e Transsexuais e as Mães da Resistência.
“Já tivemos três encontros, cujo objetivo foi ouvir as demandas dessa população e discutir a viabilidade de uma unidade especializada que ofereça suporte adequado e humanizado às suas necessidades”, ressaltou.
Fonte: Secom