Uma turma de estudantes do ensino médio do CEM (Colégio Estadual Militarizado) Mariano Vieira, localizado em Normandia, está participando da Obereri (I Olimpíada Brasileira de Relações Étnico-Raciais, Afro-Brasileiras, Africanas e Indígenas).
A iniciativa, promovida pela Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, é uma competição acadêmica que visa promover o conhecimento, a reflexão e o debate sobre questões étnico-raciais no Brasil, tendo como base as Leis 10.639/03 e 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira e indígena na Educação Básica brasileira.
O nome da equipe do CEM Mariano Vieira tem origem na língua indígena macuxi: “Ikaara Eseru Eputîto”, que significa “enraizando saberes e culturas”. A equipe, formada por 10 estudantes, está sob orientação da professora Consuelem Sarmento, que também é de origem indígena.
“Como indígena, sou conhecedora de muitas questões e lutas, mas os alunos também precisam ter esse conhecimento, porque é a juventude que vai trabalhar isso no futuro, resgatando a própria história e cultura. A Olimpíada traz essa oportunidade de reflexão”, destacou a professora Consuelem.
A Olimpíada é dividida nas fases estadual, regional e nacional. Nesta quarta-feira, 30, foi realizada a terceira etapa da fase regional, com uma prova online composta por 25 questões de múltipla escolha. A quarta fase será a elaboração de um plano de trabalho ou projeto sobre uma intervenção artístico-pedagógica.
A estudante da 2ª série do Ensino Médio, Suany Pinage, falou sobre a experiência de participar da competição escolar.
“Foi muito gratificante participar dessa Olimpíada, pois abre nossos pensamentos em relação aos povos indígenas, às culturas afro-brasileiras e amplia nossos conhecimentos, já que esses temas não são tão abordados em sala de aula como foram na Olimpíada”, disse a estudante Suany Pinage.
Premiação
As equipes vencedoras de cada fase receberão troféus ou medalhas em reconhecimento ao seu desempenho. Para as escolas bem colocadas, haverá menções honrosas que reconhecerão o mérito dessas instituições como espaços de formação e reflexão sobre a temática étnico-racial.
Além disso, cada instituição bem colocada receberá, por meio dos proponentes, o selo de escola antirracista, incentivando a discussão sobre equidade étnico-racial. Os professores receberão certificados de participação, destacando seu envolvimento na promoção do debate sobre as questões étnico-raciais no Brasil. Outras informações sobre a Obereri estão disponíveis em abpn.org.br.
Fonte: Secom