O avanço das investigações realizadas pela DGH (Delegacia Geral de Homicídios), da PCRR (Polícia Civil de Roraima), referente ao caso da mulher que veio a óbito em decorrência de complicações durante uma cirurgia de lipoaspiração, possibilitou a apresentação espontânea, no final da manhã desta quarta-feira, dia 23, do casal suspeito de realizar o procedimento na clínica clandestina, onde funciona um espaço estético, no bairro Caimbé.
Acompanhados de um advogado, o casal foi ouvido pelo delegado titular da DGH, Lurene Avelino. Na delegacia, o homem identificado como J.P.H.T., de 34 anos, apresentou diploma de médico cirurgião, obtido na Venezuela e a mulher, L.O.E., 37 anos, brasileira, afirmou ser técnica em Enfermagem.
De acordo com o delegado, o caso aconteceu na noite do dia 02 agosto deste ano e foi descoberto quando a vítima, identificada como A.V.S., de 45 anos, foi deixada no HGR (Hospital Geral de Roraima), em grave estado de saúde, o qual evoluiu para o óbito.
“Três pessoas, um homem e duas mulheres, deixaram a vítima no HGR e depois da notícia da morte, às 23:36hs, se evadiram do local. Ainda na madrugada do dia 03, os agentes da DGH identificaram todos os envolvidos e seguiram em busca para efetuar a prisão em flagrante”, lembrou o delegado.
Com o decorrer das investigações, explicou o delegado, os policiais descobriram que J.P.H.T. e a mulher L.O.E. eram casados e haviam fugido para Santa Helena, cidade fronteiriça da Venezuela.
“O caso seguiu conosco ouvindo testemunhas e outros participantes. Além disso, seguiram-se negociações com o advogado para a apresentação espontânea de hoje, que ocorreu por volta das 11h da manhã, como já esperado”, afirmou o delegado Lurene.
De acordo com ele, o casal foi ouvido e liberado para responder ao Procedimento em liberdade, conforme determina a lei.
“É importante lembrar que as investigações ainda estão em andamento. Eles se apresentaram, foram ouvidos, outros envolvidos também já foram interrogados. Agora a investigação irá ouvir novas testemunhas e aguardar a conclusão do laudo definido da causa da morte para, assim, juntar todo o escopo do inquérito e encaminhar o caso pra Justiça”, concluiu o delegado.
DA REDAÇÃO