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STF retoma julgamento do marco temporal na próxima semana

Placar está em dois votos contra e um a favor da medida, aplicada pelo próprio STF quando da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima

Publicada em 25/08/23 às 10:59h - 62 visualizações

por Radio Roraima


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Os indígenas são contra o marco temporal  (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima quarta-feira (30) a retomada do julgamento do processo que trata da constitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

A data foi marcada, no início da noite desta quinta-feira (24), pela presidente do STF, Rosa Weber, após o ministro André Mendonça liberar o processo para julgamento.


Em junho deste ano, o julgamento foi suspenso após pedido de vista feito por Mendonça, que tinha até 90 dias para devolver o processo para julgamento, de acordo com as regras internas do Supremo.


O placar do julgamento está em 2 votos a 1 contra o marco temporal. Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestaram contra o entendimento, e Nunes Marques se manifestou a favor.


No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal, entendimento aplicado pelo próprio STF quando da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às áreas que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Os indígenas são contra o entendimento. 


 O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado.


Discussão no Senado


O marco temporal para a demarcação de terras indígenas também está em discussão no Senado, onde tramita como PL 2.903/2023. Na quarta-feira, 23, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou o projeto de lei por 13 votos a favor e 3 contrários.


 A proposta, que ficou mais conhecida como PL 490/2007, foi aprovada pela Câmara dos Deputados no final de maio, após tramitar por mais de 15 anos.

Na CRA, o projeto recebeu voto favorável da relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), e agora segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Em seguida, caberá ao Plenário votar a decisão final.


FONTES: AGÊNCIA BRASIL
 e AGÊNCIA SENADO



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