Na quarta-feira (28), a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR) foi palco de uma audiência pública crucial para debater a situação dos animais que residem no Jockey Clube de Boa Vista. Os deputados Armando Neto (PL), Marcelo Cabral (Cidadania) e Marcinho Belota (PRTB) conduziram a discussão, motivados por denúncias de possíveis maus-tratos aos animais abrigados no local.
Fábio Martins, atual presidente do Jockey Clube, compareceu à audiência para prestar esclarecimentos sobre a difícil situação enfrentada pela instituição. Ele mencionou que a falta de contribuição financeira dos sócios por mais de 20 anos levou a graves problemas sanitários e de saúde que culminaram na completa interdição do espaço.
A justiça determinou que o Jockey Clube não pode mais operar no local devido às condições precárias encontradas. Essa decisão tem impacto direto sobre mais de 200 cavalos que residem no local, os quais necessitarão ser realocados para um espaço mais adequado. A preocupação se estende também aos animais de pequeno porte, uma vez que, com o fechamento do clube, correm o risco de serem abandonados nas ruas.
A audiência contou com a participação de diversos interessados e representantes da sociedade civil, que compartilharam suas preocupações e opiniões sobre a situação. Rosa Benedetti, advogada dos membros-sócios do Jockey Clube, e Emerson de Paula Oliveira, secretário adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Seinf), destacaram a necessidade de uma colaboração conjunta para encontrar soluções para os animais e para o próprio Jockey Clube.
Os deputados Éder Lourinho (PSD) e Catarina Guerra (União) também se manifestaram, sugerindo a proteção do Jockey Clube como patrimônio cultural e parabenizando a iniciativa de discutir essa questão relevante.
Ao término da audiência, Armando Neto, presidente da Comissão de Agricultura, anunciou a formação de uma comissão de deputados que realizará uma visita presencial ao Jockey Clube. A intenção é ouvir os sócios e moradores, elaborar um relatório fotográfico e seguir com ações concretas, seja junto ao Judiciário ou às partes envolvidas.
