Profissionais que atuam na promoção de saúde bucal em territórios indígenas do Estado estão sendo contemplados com um treinamento sobre o combate à cárie na primeira infância. A iniciativa é da Sesau (Secretaria de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde.
Iniciada na terça-feira, 23, a atividade segue até a sexta-feira, 27, no auditório do ETSUS-RR (Escola Técnica do SUS em Roraima). A diretora da ETSUS-RR, D’Angela Kotinscki, enfatiza a importância do treinamento.
“A cárie na primeira infância é uma das doenças crônicas mais comuns entre crianças pequenas e tem grande importância por suas consequências a curto e a longo prazos. O impacto na saúde bucal, em geral, é a dor e o desconforto pode causar uma dor intensa, prejudicando a alimentação, o sono e o bem-estar da criança”, afirmou.
Ao todo, foram contemplados cerca de 100 profissionais, entre odontólogos e técnicos dos Distritos Sanitários Especiais do Leste e Yanomami, segundo informou a responsável técnica do programa de Saúde Bucal do DSEI-Y, Andréa Olívio.
“O intuito é de qualificar as nossas equipes para prestar atendimento odontológico nas comunidades dos nossos indígenas aldeados, auxiliando as nossas atividades dentro de área indígena”, destacou.
Profissionais que atuam nos municípios também estiveram na capacitação
A atividade também conta com profissionais dos 15 municípios do Estado, segundo reforçou a gerente do Núcleo de Ações Programáticas em Saúde Bucal da Sesau, Kerolaynne Magalhães.
“Através da capacitação os cirurgiões dentistas ficam cada vez mais seguros para fazer os atendimentos e de forma correta e atualizada para trazer benefícios para os atendimentos e nas comunidades indígenas e também para todos os municípios em que os DSEI tem abrangência”, informou.
Responsável pelo Polo Base Maraiuá, localizado no território Yanomami, a dentista Ana Paula Franco salientou que a atividade veio em boa hora, uma vez que há uma grande demanda de crianças que necessitam de atendimento odontológico de qualidade.
“Essa capacitação é bem importante para se atualizar. Têm dicas, têm situações que podem intervir, outras não. Apesar de os recursos e o local que estamos serem limitados, mas só o fato de sermos orientados, receber essa informação de como agir, de como intervir, já é o suficiente, já é uma base bem importante”, pontuou.
Fonte: Secom